Apresentação

O trabalho colaborativo e o teatro constituem uma parte relevante dos projetos tanto ao nível das atividades curriculares/ extracurriculares como nas ofertas de Educação Artística e Tecnológica do 3º ciclo de forma a proporcionar uma educação inclusiva alinhada com o Decreto-Lei n.º54/2018, de 6 de junho e com o desenvolvimento curricular da lecionação de Cidadania e Desenvolvimento, nas vertentes de planeamento e metodologias de aprendizagem significativas, segundo o Decreto-Lei n.º55/2018, de 6 de junho. Para que o ensino e as práticas pedagógicas possam acompanhar a evolução crescente na sociedade, é desejável que os professores, formadores e educadores sejam cada vez mais inclusivos, criativos e versáteis, dotados de autonomia e iniciativa para enfrentarem e resolverem problemas.

Destinatários

Educadores de Infância, Professores dos Ensinos Básico e Secundário e Professores de Educação Especial

Releva

Para os efeitos previstos no n.º 1 do artigo 8.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores, a presente ação releva para efeitos de progressão em carreira de Educadores de Infância, Professores dos Ensinos Básico e Secundário e Professores de Educação Especial. Para efeitos de aplicação do artigo 9.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores (dimensão científica e pedagógica), a presente ação não releva para efeitos de progressão em carreira. No âmbito do Despacho n.º 4840/2023, publicado a 21 de abril de 2023 a ação de formação, excecionalmente, releva na dimensão científico-pedagógica para a progressão da carreira docente Educadores de Infância, Professores dos Ensinos Básico e Secundário e Professores de Educação Especial.

Objetivos

Com este curso, através de conhecimentos teóricos e exercícios dramáticos circunscritos à pedagogia da formação de professores/educadores e da partilha de experiências, pretende-se levar o formando a: - Sentir-se mais capacitado para explorar, na sua organização escolar, atividades experimentais e/ou laboratoriais ligadas às práticas dramáticas que visem promover a motivação, a criatividade, a cooperação dos professores; - Construir/elaborar um conjunto de atividades experimentais, a implementar na organização escolar; - Refletir conjuntamente acerca das contribuições da experiência dramática para a melhoria da cultura de escola; - Trabalhar de forma colaborativa na produção de materiais pedagógicos; - Partilhar ideias e experiências de ensino e aprendizagem e de modelos organizacionais da escola; - Elevar o empenho e envolvimento dos alunos nas atividades escolares e o seu sucesso escolar.

Conteúdos

De forma a proporcionar uma educação inclusiva e alinhada com o Decreto-Lei n.º54/2018, de 6 de junho e com o desenvolvimento curricular de Educação Artística e Tecnológica e a lecionação de Cidadania e Desenvolvimento, nas vertentes de planeamento e realização de práticas metodológicas significativas, apresentam-se os conteúdos: 1ª sessão: (3 horas) - Dinâmicas de grupo para a apresentação dos formandos e do formador; - Critérios de avaliação da ação; - A cultura e o clima de escola; - Exercícios dramáticos (com registo escrito); - Sistematização, discussão e heteroavaliação de conceitos (on-line). 2ª sessão: (3 horas) - A liderança em contexto escolar; - Exercícios dramáticos (com registo escrito); - Sistematização, discussão e heteroavaliação de conceitos (on-line). 3ª sessão: (3 horas) - As formas de cultura docente; - Exercícios dramáticos (com registo escrito); - Sistematização, discussão e heteroavaliação de conceitos (on-line). 4ª sessão: (3 horas) - O trabalho colaborativo em contexto escolar; - Exercícios dramáticos; - Sistematização, discussão e heteroavaliação de conceitos (on-line). 5ª sessão: (3 horas) - A colaboração; - Exercícios dramáticos (com registo escrito); - Apresentação do projeto a elaborar pelos formandos; - Sistematização, discussão e heteroavaliação de conceitos (on-line). 6ª sessão: (3 horas) - Obstáculos e potencialidades da colaboração docente; - Exercícios dramáticos (com registo escrito); - Elaboração do projeto final; - Sistematização, discussão e heteroavaliação de conceitos (on-line). 7ª sessão: (3 horas) - Contributo do teatro para o desenvolvimento pessoal e social; - Exercícios dramáticos; - Elaboração do projeto final; - Sistematização, discussão e heteroavaliação de conceitos (on-line). 8ª sessão: (4 horas) - Apresentação e discussão dos projetos finais dos formandos; - Preenchimento individual de um questionário de autoavaliação da ação (on-line).

Metodologias

Os conteúdos teóricos são discutidos e experimentados pelos formandos através de exercícios dramáticos que lhes suscitam a reflexão e a partilha de experiências de modo a fomentar a implementação do trabalho colaborativo entre os seus pares nas suas respetivas organizações escolares. Ao longo da formação, o formando adquire conhecimentos teóricos vivenciados pela prática teatral que lhe permitem elaborar um projeto colaborativo para implementar na cultura de escola da sua organização escolar. Nesse sentido, na realização desta ação, evidenciam-se a implementação de estratégias de comunicação, relações interpessoais, trabalho de equipa e resolução de problemas e a utilização de processos dramáticos para o conhecimento de si, do outro e do mundo.

Avaliação

De acordo com os artigos nºs 5 e 6 do RJFC – DL 22/2014, de 11 de fevereiro e o artigo 4.º do Despacho 4595/2015, de 6 de maio, a avaliação dos formandos é expressa numa classificação quantitativa na escala de 1 a 10 valores, de acordo com as menções definidas no ponto 6 do mesmo diploma, em conformidade com os critérios de avaliação vigentes no Centro de Formação, sendo atribuída com base nos indicadores abaixo apresentados e respetiva ponderação: - Obrigatoriedade de frequência de 2/3 das horas presenciais; - Trabalhos práticos e reflexões efetuadas, de acordo com os critérios previamente estabelecidos: Produção colaborativa de textos escritos e orais (15%) / Questionário colaborativo de conhecimentos (on-line) (5%) / Projeto Colaborativo (20%); - Relatório final individual (60%).

Bibliografia

1- Fullan, M. e Hargreaves, A. (2001). Por que vale a pena lutar? O trabalho de equipa na escola. Porto: Porto Editora.2- Lima, J. (2002). As Culturas Colaborativas nas Escolas: Estruturas, processos e conteúdos. Porto: Porto Editora.3- Roldão, M. C. (2007). Colaborar é preciso. Questões de qualidade e eficácia no trabalho dos professores. Noesis, 71, 24-29. MEC / DGIC4- Alarcão I. & Canha B. (2013). Supervisão e colaboração. Uma relação para o desenvolvimento. Porto: Porto Editora.5- Spolin, V. (2017). Jogos teatrais para a sala de aula: um manual para o professor. São Paulo: Editora Perspectiva.

Anexo(s)

Formador

Júlio José Pires Cardoso

Cronograma